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Fevereiro Laranja: leucemia é uma doença que pode aparecer em qualquer idade

Durante este mês é realizada a campanha Fevereiro Laranja, com o objetivo de conscientizar a população sobre a leucemia e a importância de se tornar um doador de medula óssea.

A leucemia pode ser diagnosticada em qualquer idade, de crianças a idosos, e origina-se na medula óssea, local onde são fabricadas as células sanguíneas e que dão origem aos glóbulos brancos, aos glóbulos vermelhos e às plaquetas.

O médico hematologista Eduardo Cilião Munhoz, do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP e do Mantis Diagnósticos Avançados, explica que assim como qualquer outra forma de câncer, quando diagnosticada no início as chances de tratamento são maiores.

Atualmente, é o 9º câncer mais comum no sexo masculino e o 11º no feminino. De acordo com estatísticas do Instituto Nacional de Câncer – INCA, a cada ano do triênio 2020-2022 serão diagnosticados mais de 10 mil casos novos de leucemia no Brasil, sendo 5.920 em homens e de 4.890 em mulheres.

Recentemente uma equipe de pesquisadores brasileiros e portugueses descobriram que a leucemia linfoide aguda (LLA), mais comum em crianças, é provocado por uma mutação no gene que produz uma proteína envolvida com a imunidade (IL-7R).

A descoberta é importante, uma vez que com maior conhecimento em relação ao nível molecular da doença e suas causas genéticas, será possível propor novos tratamentos, principalmente para os casos de recidiva ou em que o tratamento convencional não apresenta resultados.

Confira o alerta do hematologista sobre as principais informações que você precisa saber sobre esses quatro tipos de leucemia:

Leucemia mieloide aguda (LMA)

Pode acontecer em adultos e crianças, mas a incidência aumenta com o avanço da idade e tem o tempo de evolução curto, de poucas semanas.

Para o diagnóstico é necessário verificar se existem alterações no paciente pela análise do exame de hemograma.

Depois é feito o exame de medula óssea que comprovará o diagnóstico. Também poderão ser solicitados outros exames, como o mielograma, realizado através de uma punção óssea, a imunofenotipagem, para verificar a linhagem celular, a citogenética, que vai analisar os cromossomos, e, em alguns casos, também é realizada a análise molecular.

O tratamento consiste em quimioterapia e, em casos com mau prognóstico, é indicado o transplante de medula óssea.

Leucemia mieloide crônica (LMC)

Na maioria dos casos a doença é diagnosticada em adultos a partir dos 50 anos.

O tempo de evolução é mais longo e às vezes a pessoa fica sem ter conhecimento da doença por meses ou até mesmo anos.

Como em muitos casos é assintomática, o paciente só descobrirá quando realizar um exame de rotina.

No entanto, quando a pessoa perde peso sem explicação ou apresenta algum sintoma de anemia, é possível realizar hemograma para verificar se existe alguma alteração.

Poderá ser solicitado o mielograma, imunofenotipagem, citogenética, análise molecular e exame de medula óssea.

O tratamento consiste em quimioterapia oral e, em casos mais graves, é indicado o transplante de medula óssea.

Leucemia linfoblástica aguda (LLA)

Afeta as células linfoides e evolui de maneira rápida. Esse tipo é comum na infância e apresenta cerca de 80% de cura nessa fase da vida.

Alguns adultos também podem ser diagnosticados com a doença. Avaliar os sintomas é fundamental, principalmente em se tratando de crianças.

Palidez, cansaço, sonolência, hematomas, manchas roxas, sangramentos prolongados, dores de cabeça e óssea são alguns dos sinais que devem servir de alerta.

O diagnóstico também será realizado pelo hemograma completo, mielograma, citogenética, análise molecular e exame de medula óssea.

O tratamento vai consistir em quimioterapia com medicamentos específicos para cada paciente e, em casos mais graves, é indicado o transplante de medula óssea.

Leucemia linfocítica crônica (LLC)

Afeta as células linfoides e tem desenvolvimento lento.

Mais comum em idosos, estudos mostram que a LLC é uma doença dos glóbulos brancos adquirida ao longo da vida, mas ainda não se sabe os fatores para o seu surgimento.

Esse tipo de leucemia muitas vezes também não apresenta sintomas e pode ser diagnosticada durante exames de rotina.

Hemograma completo, mielograma, citogenética, análise molecular e exame de medula óssea ajudarão no diagnóstico da doença.

O tratamento vai consistir em quimioterapia com medicamentos específicos para cada paciente e, em casos mais graves, é indicado o transplante de medula óssea.

 

Texto por: Instituto de Oncologia do ParanáIOP

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