A biópsia líquida é um procedimento minimamente invasivo e precisa apenas de uma amostra de sangue
Por definição, a biópsia líquida é a detecção de material tumoral realizada por análise de amostra de sangue que permite a detecção de DNA tumoral circulante de forma minimamente invasiva.
Aplicações

Esse tratamento personalizado é denominado terapia-alvo e possibilita o uso de medicações específicas que agem sobre determinadas mutações encontradas na célula tumoral de cada paciente, aumentando assim a resposta ao tratamento, geralmente com menos efeitos colaterais
Vantagens
É um procedimento minimamente invasivo que precisa de apenas uma amostra de sangue, podendo ser realizada de forma rápida e segura sem procedimentos mais agressivos, muitas vezes cirúrgicos, ao contrário da biópsia tradicional.
A biópsia líquida possibilita uma amostragem geral das características do tumor, não estando sujeita a interpretações equivocadas de amostragem que não representa determinada característica, o que pode ocorrer na biópsia tradicional, quando apenas uma porção da lesão é retirada para análise.
Permite aquisição de informações atualizadas das células tumorais, que acumulam diferentes mutações ao longo da evolução da doença, podendo apresentar características distintas das observadas na doença inicial, quando geralmente é coletado o material da biópsia tradicional.
Os resultados geralmente ficam disponíveis em menos tempo do que uma biópsia tradicional, que pode levar semanas para análise anátomo-patológica e imunohistoquímica.
Limitações
É uma ferramenta complementar, ainda sem dados confiáveis e difundidos como a biópsia tradicional, além de disponibilidade limitada e alto custo.
Aplicabilidade
O método já é utilizado atualmente para diversos tipos de tumor como câncer colorretal, de pulmão, tireoide, mama, ovário, melanoma, entre outros.
Por Luis Felipe Matiusso, oncologista clínico do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP



