Junho é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de rim — acompanhando o Dia Mundial da Conscientização da doença, 18 de junho.
A campanha, conhecida como Junho Verde, tem o objetivo de alertar a população sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de rim, os fatores de risco e os principais sinais de alerta desse tipo de câncer, que costuma evoluir de forma silenciosa.
Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 12 mil novos casos de câncer renal são registrados por ano no Brasil. Apesar de representar apenas 2 a 3% dos tumores malignos, é um dos mais letais dentro do sistema urinário — principalmente porque, muitas vezes, só é descoberto em estágios avançados, quando os sintomas começam a aparecer.
A oncologista clínica do IOP, Dra. Tabatha Nakakogue Dallagnol, explica:
“O câncer de rim, na maioria das vezes, não dá sinais no começo. O diagnóstico acontece por acaso, em exames feitos por outros motivos. Quando surgem, os sintomas mais comuns são sangue na urina, dor na lombar e perda de peso inexplicada.”
Fatores de risco do câncer no rim
Alguns fatores aumentam as chances de desenvolver câncer de rim, como:
- Tabagismo
- Hipertensão arterial
- Obesidade
- Histórico familiar da doença
- Exposição prolongada a solventes industriais ou derivados de petróleo
Diagnóstico e tratamento do câncer de rim
Apesar dos números, o câncer de rim tem boas chances de tratamento quando diagnosticado no início. Nesses casos, o procedimento mais comum é a cirurgia, que pode retirar parte ou todo o rim.
Para casos mais avançados, os tratamentos vêm evoluindo com opções como imunoterapia e terapias-alvo, que ajudam a prolongar a vida e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Dá para viver com um rim só?
Sim! E esse é um ponto importante. Muitas pessoas conseguem levar uma vida totalmente normal com apenas um rim. Quando um dos rins é removido, o outro costuma se adaptar bem e dá conta do recado — esse processo se chama hipertrofia renal.
Mas é essencial lembrar que somente o médico pode indicar o melhor tratamento, e essa decisão leva em conta vários fatores, como o estágio da doença, localização do tumor e condição geral do paciente.
Depois da cirurgia, é fundamental seguir com acompanhamento regular e manter hábitos saudáveis para cuidar do rim que ficou.
Prevenção do câncer de rim
Nem todos os fatores de risco são evitáveis, mas algumas atitudes ajudam — e muito:
- Manter o peso saudável
- Controlar a pressão arterial
- Não fumar
- Fazer exames de rotina com regularidade
“A informação é uma das maiores aliadas na prevenção. Prestar atenção ao corpo, fazer consultas de rotina e procurar o médico diante de qualquer sintoma estranho são atitudes que podem salvar vidas”, reforça a Dra. Tabatha.
O Junho Verde é um convite para dar mais visibilidade a um câncer que nem sempre recebe a atenção que merece. O IOP reforça seu compromisso com a informação de qualidade e com o cuidado centrado no paciente. Levar conhecimento até você é também uma forma de cuidar — e isso vale para quem está em tratamento, para familiares e para toda a sociedade.



