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Sarcoma Sinovial: o que é, sintomas e como tratar este câncer

O sarcoma sinovial é um tipo raro de câncer de partes moles que, apesar do nome, nem sempre está diretamente ligado ao tecido sinovial, aquele que envolve as articulações. Ele costuma aparecer próximo aos tendões, músculos ou cápsulas articulares, principalmente na região dos membros inferiores, como coxa, joelho e tornozelo. Em alguns casos, também pode surgir em outras partes do corpo, como o tronco, cabeça e pescoço.

Esse tipo é considerado tumor maligno e pode crescer de forma lenta no início, o que faz com que muitas pessoas só percebam o problema quando o caroço já está grande ou causando dor. Mesmo assim, com o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, as chances de controle e recuperação são boas.

Muitos confundem o sarcoma sinovial com outros tipos de nódulos benignos, justamente porque ele começa pequeno e indolor. Por isso, é importante ficar atento a qualquer inchaço persistente que não desaparece, principalmente nas pernas e coxas, onde esse câncer costuma se manifestar com mais frequência.

 

O que é Sarcoma Sinovial

O sarcoma sinovial é um tumor maligno dos tecidos moles, formado por células anormais que se desenvolvem perto das articulações. Apesar do nome, ele não nasce dentro das articulações, mas nas estruturas ao redor, como tendões e ligamentos.

Os médicos ainda não sabem exatamente por que esse tipo de câncer aparece, mas estudos apontam que ele está relacionado a mutações genéticas específicas, mais precisamente a uma troca de material genético entre dois cromossomos, que acaba alterando o comportamento das células. Essa mutação faz com que as células cresçam e se multipliquem de maneira descontrolada, formando o tumor.

O sarcoma sinovial pode atingir qualquer idade, mas é mais comum em jovens adultos entre 15 e 40 anos. Ele é considerado um dos tipos de sarcoma de partes moles mais agressivos, exigindo um diagnóstico rápido e acompanhamento contínuo. Mesmo assim, é um tipo raro que representa apenas uma pequena parcela de todos os casos de câncer registrados.

 

Quais são os sintomas e causas

O sarcoma sinovial costuma se manifestar de forma discreta no início. O sintoma mais comum é o aparecimento de um caroço (ou nódulo) próximo a uma articulação, geralmente indolor e que cresce lentamente. Com o tempo, conforme o tumor aumenta, podem surgir dor, limitação de movimento e sensação de pressão sobre músculos e nervos da região afetada.

Nas pernas e coxas, o paciente pode perceber inchaço persistente, desconforto ao caminhar e até fraqueza muscular. Em áreas como o braço ou o joelho, o tumor pode causar rigidez e dificuldade para dobrar ou esticar o membro.

A origem exata desse tipo de câncer ainda é desconhecida. O que se sabe é que ele não tem relação com traumas, alimentação ou estilo de vida. Trata-se de uma alteração genética espontânea, que pode ocorrer sem motivo aparente. Essa mutação faz com que as células do tecido sinovial percam o controle do seu ciclo de vida, levando ao crescimento do tumor.

Embora seja um câncer agressivo, a evolução é variável. Em alguns casos, o crescimento é lento e permite tratamento cirúrgico com bons resultados. Em outros, o tumor pode se espalhar (metástase) para os pulmões, exigindo uma abordagem mais ampla, com quimioterapia e radioterapia combinadas.

 

Exames e como detectar

O diagnóstico do sarcoma sinovial costuma começar com uma avaliação clínica e exame físico. O médico observa o tamanho, a consistência e o comportamento do nódulo, e se há sinais de dor, rigidez ou inflamação. Quando há suspeita, o passo seguinte é solicitar exames de imagem, como ressonância magnética ou tomografia computadorizada, que ajudam a identificar a localização exata e o tamanho do tumor.

Exame de tomografia

A ressonância magnética é muito usada porque permite visualizar os tecidos moles com mais clareza, distinguindo o tumor das estruturas vizinhas. Em alguns casos, também pode ser feita uma biópsia, que é a retirada de uma pequena amostra do tecido para análise laboratorial.

A biópsia é o exame que confirma o diagnóstico e ajuda a determinar o tipo de sarcoma e o grau de agressividade das células. Essa informação é fundamental para definir o melhor tratamento. Após o diagnóstico, o paciente passa a ser acompanhado por uma equipe multidisciplinar, composta por oncologistas, cirurgiões e radioterapeutas, que definem o plano terapêutico ideal.

 

Prevenção e tratamento

Infelizmente, ainda não existe uma forma específica de prevenir o sarcoma sinovial, já que sua causa está ligada a mutações genéticas espontâneas. O que dá para fazer é prestar atenção a qualquer alteração no corpo, como caroços persistentes, inchaços sem explicação ou dores articulares que não passam.

Quando o diagnóstico é confirmado, o tratamento principal costuma ser a cirurgia, que tem como objetivo retirar completamente o tumor e preservar, o máximo possível, a função do membro afetado. Em alguns casos, pode ser necessário remover uma pequena margem de tecido saudável ao redor do tumor, para evitar que ele volte.

Além da cirurgia, o médico pode indicar radioterapia e quimioterapia, principalmente quando há risco de o câncer se espalhar ou quando o tumor é muito grande. A radioterapia é usada para destruir células cancerígenas remanescentes, enquanto a quimioterapia ajuda a controlar possíveis metástases.

Os avanços da medicina têm permitido resultados cada vez melhores no tratamento desse tipo de câncer. Quando o sarcoma sinovial é identificado no início, as chances de sucesso são altas. O acompanhamento médico regular também é essencial para detectar qualquer sinal de recidiva e garantir o controle a longo prazo.


 

Perguntas Frequentes sobre Sarcoma Sinovial:

O sarcoma sinovial é um câncer comum?

Não. É um tipo raro de sarcoma de partes moles, representando menos de 10% dos casos desse tipo de tumor.

O sarcoma sinovial é hereditário?

Não. O sarcoma sinovial surge por uma mutação genética adquirida, e não é transmitido de pais para filhos.

O tumor aparece sempre perto das articulações?

Na maioria das vezes sim, principalmente nas pernas e braços, mas também pode aparecer em outras regiões do corpo.

Sarcoma sinovial tem cura?

Sim, especialmente quando o diagnóstico é feito cedo e o tumor pode ser completamente removido por cirurgia.

A quimioterapia é obrigatória em todos os casos?

Não necessariamente. A indicação depende do tamanho, localização e estágio do tumor, além da avaliação do oncologista.

Depois do tratamento, o câncer pode voltar?

Sim é possível, por isso o acompanhamento médico periódico é fundamental para detectar qualquer recidiva o quanto antes.


 

O sarcoma sinovial é um tipo de câncer raro, mas que exige atenção e diagnóstico rápido. Ele costuma surgir de forma discreta, sem sintomas aparentes, e é justamente isso que torna o acompanhamento médico tão importante.

Mesmo sendo uma doença agressiva, os avanços na cirurgia, radioterapia e quimioterapia têm aumentado significativamente as chances de controle e cura. Identificar o problema cedo e buscar tratamento especializado é, sem dúvida, o melhor caminho para garantir qualidade de vida e sucesso no tratamento.

Então, se você perceber algum caroço ou inchaço que não desaparece, especialmente na perna ou perto de uma articulação, procure um médico o quanto antes. Informação e prevenção ainda são as melhores armas contra o câncer.

 

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Texto assinado por: Dr. Luciano José BiasiIOP

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