
Vale dizer que alguns tipos de câncer variam em sua capacidade de retornar ao organismo (recidivar) e isso pode acontecer de três maneiras:
. Recidiva local: quando o câncer volta no mesmo lugar onde houve a primeira ocorrência da doença;
. Recidiva regional: o câncer volta próximo ao lugar onde ele apareceu pela primeira vez, normalmente, em linfonodos próximos;
. Recidiva metastática distante ou metástase a distância: quando o câncer volta em outra parte do corpo, geralmente distante de onde ocorreu pela primeira vez, por exemplo: a pessoa teve câncer de mama e acaba desenvolvendo a doença nos pulmões, ossos, etc.
As taxas de recorrência da recidiva podem variar entre os tipos de câncer e suas características, como estadiamento, perfil do tumor, fatores genéticos, fatores relacionados ao paciente e tratamentos.
Afinal, por que o câncer pode voltar?
“O paciente faz seu tratamento, entra em remissão, porém, pode acontecer que algumas células cancerígenas podem não ser totalmente destruídas. Isso em absoluto significa que o tratamento recebido estava errado, mas sim que um número pequeno de células cancerígenas sobreviveu ao tratamento. Com o passar do tempo, essas células podem crescer, se multiplicar indiscriminadamente e se transformar em tumor ou câncer, passível de detecção pelo médico”, pondera Reitan Ribeiro, cirurgião oncológico do Instituto de Oncologia do Paraná – IOP.
Segundo informação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica – SBOC, um tumor de 1 cm³ pode abrigar até 1 bilhão de células cancerosas. Por essa informação, é possível perceber como se torna impossível a detecção de poucas células tumorais no local atingido.
Acompanhamento médico é fundamental
Para descobrir o tipo de recorrência que o paciente foi acometido poderão ser realizados exames de laboratório e procedimentos de imagem, que ajudarão a determinar onde o câncer retornou ao corpo, se ele se espalhou e até que ponto. “É isso que chamamos de reestadiamento”, cita Dr. Reitan.
Não há uma maneira de saber se a doença irá ou não voltar pós-tratamento. Porém, vale como alerta: quanto mais difícil de tratar um tipo de câncer, maior é a possibilidade dele recidivar.
Segundo Dr. Reitan, fazer o acompanhamento depois do tratamento é fundamental. “Consultas regulares bem como uma rotina de exames periódicos, conforme cada caso, devem ser realizados. Se houver alguma suspeita de retorno do tumor, procure imediatamente o seu médico.”
